Reprodução do texto publicado originalmente no The Latin American Lawyer, Edição nº 25, maio de 2022.
Thiago Garbelotti, sócio do escritório Braga & Garbelotti Consultores Jurídicos e Advogados concorda que um escritório no metaverso, como uma filial virtual de uma unidade real certamente trará questionamentos éticos, por conta das restrições que a OAB possui, especialmente, quanto a mercantilização da profissão.
Todavia, o sócio diz acreditar que há outras maneiras efetivas de explorar o metaverso no campo jurídico. “Os escritórios podem ser contratados para prestarem uma infinidade de serviços que poderão ser utilizadas no metaverso, como a elaboração de contratos, regimentos internos, dirimir dúvidas oriundas das relações do metaverso e que terão impacto na vida real ou até mesmo servirem como árbitros em disputas no âmbito virtual. Desse modo, a vantagem que o metaverso jurídico oferece, além dos escritórios convencionais é trazer um novo leque de atuação para advogados”, afirma.
Para Garbelotti, a popularização do metaverso deve impactar substancialmente o Direito em diversas áreas, porque assim como ocorre no mundo real, as relações interpessoais e de negócios podem terminar em discussões judiciais quando mal resolvidas. “Não temos dúvida de que ocorrerão muitas disputas envolvendo questões trabalhistas, contratos, responsabilidade civil e até mesmo, crimes virtuais que, apesar de ocorrerem no metaverso, terão reflexo no mundo real e deverão ser resolvidos na ‘justiça real’”, alerta.
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